Celebra-se hoje o Dia Mundial contra a Corrupção. A percepção da gravidade do problema é generalizada, sendo que motiva processos de acusação que, no final, concluem serem culpados os habituais: os Poderes Públicos, a classe política, etc.
A corrupção resulta, assim, de um conjunto de circunstâncias assaz interessantes: os eleitores elegem para o Poder aqueles que, por acções várias, praticam a corrupção e dela beneficiam (quem parte e reparte...). Como a corrupção - é voz corrente - cresce e grassa por toda a Sociedade, podemos concluir pela competência dos eleitores. Se grassa e se generaliza deverá, a corrupção, continuar a ser considerada nefasta? Ou antes passar a ser aceite como normal? Cabe mais aos eleitores decidirem, nem que para isso tenham que enveredar por actuação razoavelmente fatigante e nem sempre recomendável: pensar seriamente, e agir em conformidade. E, já agora, se se optar por continuar a considerar a corrupção como uma actividade criticável, deveremos todos não apenas verberar a Grande Corrupção mas também o Pequeno Golpe (o que é praticado pelo comum cidadão ao nosso lado), tendo em conta conta que é na prática deste que nasce a "especialização".
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