quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Manuela disse...

... o que parece não ser aquilo que queria dizer. Estratégia doméstica, digo eu: Quer emudecer a oposição interna!
Pior será quando disser aquilo que quer dizer, se é que vai ser capaz disso. Temo, no entanto, que seja um dado adquirido que existe um gap intransponível entre o que pensa e a expressão do que pensa.
As Corporações exultam!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Alcântara

Vi ontem partes do Prós & Contras. Deste programa só vejo partes, habitualmente, porque a postura da pivot faz-me ansiar pela sua transferência para um programa desportivo. Geralmente não conhece o assunto mas finge que conhece, não percebe o que é dito mas finge que percebe (o que a leva a concluir pelo que não foi dito), e dirige-se à generalidade dos participantes com o respeito que um arrumador de carros tem por quem insiste em pagar o parquímetro: de dedo em riste.
Ontem debateu-se Alcantara. Fico sempre a pensar que:
  • Ninguém é tão sapiente que possa falar em tom tão depreciativo com MST e o Prof. anexo falaram;
  • O público manifesta-se não raras vezes através de gargalhadas, como se os pontos de vista contrários fossem produto de mentecaptos;
  • A arrogância e pesporrência não ajudam à retirada de conclusões.

Por isso, mesmo sem ter ficado completamente esclarecido, gostei da postura da Secretária de Estado.

Avaliação

Há muitos anos (cerca de 30) que sou anualmente avaliado. Durante 4 ou 5 anos cheguei a ser avaliado semestralmente. Há 20 anos que avalio. Tem que ser. Não é agradável, nem fácil, e deixa dúvidas. Mas é necessário, e a necessidade de uma avaliação parece-me indesmentível. Excepto nalgumas classes profissionais em que impera, generalizadamente, a excelência. Trata-se sempre de classes com elevado poder reivindicativo, que consideram todos os outros incapazes de perceberem a ridícula "desnecessidade" de avaliação.
Felizmente surgiu Mario Nogueira, "professor" capaz de conceptualizar a defesa de uma classe injustiçada, excelente na sua actuação, etc.
Eu, porque não pertenço a nenhuma dessas classes, resigno-me a continuar a ser avaliado, e a ter que avaliar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama presidente

Estou contente pela eleição de Obama, o candidato portador de ideologia próxima da que eu professo, culto, não radical, perseverante. De fora fica a hipótese de uma inacreditável candidata a Vice-Presidente ascender à Presidência.
Mas a "América" não mudou assim tanto. Em termos de eleitores, e são as "almas" que interessam, o novo Presidente ganhou por 52% a 48% (até agora).
Fica uma pergunta para a qual nunca existirá resposta: como seriam os EUA e o Mundo se o candidato mais votado em 2000, o Senador Al Gore, tivesse ganho? Acredito que muito melhor!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Banco de Portugal

Cabe ao Regulador analisar a existência de "vigarices" ou providenciar o cumprimento das regras de Mercado? Pode o Regulador agir radicalmente com base em rumores ou está obrigado a fazê-lo apenas quando na posse de evidências? O Mercado e a Voz Pública estavam preparados para uma medida de Nacionalização há 6 meses ou 1 ano?
Penso que a confusão destas competências e do valor probatório dos rumores tem justificado uma pequena parte das acusações ao Regulador. A outra parte justifica-se no combate político.